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ARTIGO - MARCELO A. FILHO [ VOLTEI! ]

Mudar de ares é bom, explorar novos caminhos é enriquecedor, mas voltar também tem suas vantagens. Há dois anos e oito meses eu deixava o Meta Notícias – uma decisão que não foi fácil, mas que naquele momento era necessária. Fico feliz em retornar e encontrar a casa não só em ordem, mas com projetos novos em andamento. Há poucos dias, no Facebook, surgiu como lembrança um vídeo em que comemorávamos os 10 mil ‘likes’ na página do jornal nessa mesma rede social. Cada passo foi minuciosamente planejado para que o Meta se tornasse um grande veículo de comunicação. São quase 40 mil seguidores num jornal que tem origem em um município de 20 mil habitantes. Agradeço ao Joel por ter conduzido com competência esse trabalho e o convite para voltar.

No espaço que vou ocupar no jornal, escreverei sobre política, cultura e, eventualmente, meio ambiente. Mas, claro, política será o assunto principal da coluna. Hoje começaremos com alguns dados sobre emprego no município de Butiá e de como esses números revelam os caminhos que estamos trilhando.

Em 2016, após uma eleição municipal cheia de polêmicas e discussões acaloradas nas redes sociais, tivemos a vitória de um candidato que não pôde assumir. Isso provocou uma nova eleição, o que acabou causando um “segundo turno” em março de 2017 no nosso município. O vereador reeleito Daniel Almeida assumiu como presidente da Câmara de Vereadores e, em seguida, como prefeito, já que essa é uma das prerrogativas do cargo (na ausência do prefeito e do vice, é o presidente da câmara quem assume e, a essa altura, estávamos sem chefes no executivo). O fim dessa história, todos nós conhecemos: Daniel concorre a prefeito, vence a eleição e assume a prefeitura definitivamente.

Fiz essa introdução apenas para justificar o período usado para analisar os dados fornecidos pelo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de janeiro de 2017, quando tem início a nova gestão, até fevereiro de 2019, último mês de divulgação (em consulta feita em 27/03/2019). Podemos observar que o balanço entre admissões e desligamentos nesse intervalo produziu um saldo negativo de 256. Ou seja, os trabalhadores butiaenses estão perdendo emprego. O Rio Grande do Sul teve um saldo positivo de 39.333 admissões nesse período; o Brasil, de 505.101.

Obviamente precisamos avaliar o contexto. O Brasil, apesar da variação positiva entre admissões e demissões de janeiro de 2017 até fevereiro de 2019, apresentou uma taxa de desemprego de 12% no trimestre encerrado em janeiro deste ano, de acordo com a PNAD Contínua – uma herança dos últimos governos e que, pelo que me parece, não está sendo devidamente atacada pelos atuais mandatários.

A responsabilidade do Brasil, dos municípios e o que pode ser feito para mudar essa realidade, assim como a divulgação de outros dados, serão temas das próximas colunas.

Até!

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