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FATO ou FAKE: O Hospital de Butiá vai atender apenas infectados pelo Covid-19 que vierem de Porto Al


Um pânico, misturado com indignação surgiu nas redes sociais desde o final de semana. Uma notícia começou a circular que o Hospital de Butiá estaria sendo preparado para receber infectados por Coronavírus, oriundos de Porto Alegre, e que, segundo as postagens “as pessoas começariam a trazer o vírus para Butiá”.


O Meta foi checar as informações e separar aquilo que é verdadeiro, daquilo que é falso em cima do que está sendo disseminado nas redes sociais.


SOBRE A PORTARIA


1 – O Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, através da portaria 561 de 26 de março, autorizou a utilização de leitos de hospitais de pequeno porte para cuidados prolongados em atendimentos dos pacientes crônicos oriundos da UTI e leitos de enfermaria, ambos com referência ao tratamento do Covid-19.


2 – O custeio dos leitos será bancado pelo Governo Federal, podendo ser abertos de 31 a 49 leitos.


3 – Os leitos ficam a disposição da Central de Regulação do Estado, como já é padrão atualmente na distribuição de leitos.


O HOSPITAL DE BUTIÁ


Com essa portaria o Hospital de Butiá foi habilitado para reativar seu setor de internação, onde estão sendo organizados 31 leitos, que serão mantidos com repasses diretos do Governo Federal, no valor de R$ 186 mil por mês, durante três meses, para ser usado na manutenção destes leitos, medicamentos, colaboradores e serviços.


SISTEMA REGIONAL DE LEITOS


Um sistema está sendo organizado para que inicialmente a Região Carbonífera tente ser autossuficiente em sua demanda nos momentos de pico da pandemia. Atualmente o Hospital de São Jerônimo conta com apenas 70 leitos normais, sem nenhum leito de UTI. O Hospital de Charqueadas possui 20 leitos de uso exclusivo para o sistema penitenciário, 11 para saúde mental e cerca de 10 leitos para casos clínicos, de urgência e emergência. E, o Hospital de Butiá estava com seu setor de internação fechado.


Com esta nova portaria, além dos 70 leitos de São Jerônimo, cerca de R$ 1,2 milhões estarão sendo investidos para a abertura de mais 40 leitos ambulatoriais, e 10 de UTI. O Hospital de Charqueadas passará a ter 60 leitos, e o Hospital de Butiá 31 leitos. Esse sistema regional que está sendo preparado dobrará a capacidade de leitos disponíveis para os municípios da Carbonífera, podendo chegar a 200 leitos normais e 10 de UTI. Algo inédito no sistema público de saúde da região.


MAS VIRÃO PESSOAS DE PORTO ALEGRE PARA CÁ?


Sim, poderá acontecer, mas não é uma regra, pelo contrário!


Para isso acontecer, seria necessário levar em conta a hipótese de que a Região Carbonífera não tenha NENHUM caso de Covid-19, ou um número extremamente baixo, onde a partir daí a Central de Regulação do Estado destinaria os leitos parados para o sistema geral.


Segundo os dados da Secretaria Estadual de Saúde do RS, a Região Carbonífera possui mais de 28 mil idosos. Segundo dados da OMS, 10% desses idosos deverão ser contaminados pelo Covid-19, cerca de 2.800 pessoas. Onde destes, 5% necessitariam de um leito ambulatorial ou UTI, algo em torno de 140 pessoas, em um cenário bem otimista. Isso tudo sem contar os pacientes do grupo de risco e casos raros, como tem acontecido com alguns jovens.


Tendo 200 leitos disponíveis na região, haveria capacidade de atender a todos que necessitassem de internação ambulatorial pelo Covid-19, antes do encaminhamento para uma UTI, ou após a liberação da UTI, para seguir em internação. Assim, esse sistema regional de leitos, teria baixa possibilidade de entrar em colapso, caso a pandemia chegue com força na região.


Caso contrário, apenas com os atuais 90 leitos ambulatoriais disponíveis em São Jerônimo e Charqueadas, o sistema entraria em colapso em menos de uma semana, no pico da contaminação, que deverá acontecer no final do mês de abril.


FATO OU FAKE?


Como está sendo divulgado nas redes sociais, a informação que o Hospital de Butiá receberá “apenas contaminados de Porto Alegre”, é FAKE. Ainda que os leitos sejam regulados pela Central de Regulação do Estado, eles integram um sistema regional para atender os casos prioritariamente de Arroio dos Ratos, Barão do Triunfo, Butiá, Charqueadas, General Câmara, São Jerônimo e Minas do Leão. Num cenário otimista, onde a região não necessitasse desses leitos pela baixa demanda de contaminados locais pelo Covid-19, ai sim, a Central de Regulação faria remanejos, podendo ter casos oriundos de outras regiões do Estado, para tratamento na cidade.



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