
Força-Tarefa formada pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, Ministério Público Federal e Ministério Público do Rio Grande do Sul cumpre, na manhã de hoje, 27, 129 medidas judiciais em investigação que apura crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa, ocultação de bens, crime de responsabilidade e desobediência. O prejuízo estimado que está sob suspeita, até o momento, é de R$ 15 milhões em recursos da saúde repassados pela União e pelo estado do Rio Grande do Sul a uma Organização Social.
A deflagração da Operação Camilo ocorre nos municípios gaúchos de Porto Alegre, Rio Pardo, Butiá, Canoas, Capela de Santana, Gravataí, Cachoeirinha, São Leopoldo, Guaíba, Portão, Cacequi e São Gabriel, nas cidades paulistas de São Paulo e São Bernardo do Campo, na cidade do Rio de Janeiro, e em Florianópolis e São José, no estado de Santa Catarina.
Entre os presos está o prefeito, Rafael Barros (PSDB), que, por determinação judicial, teve ainda o mandato suspenso por 180 dias. O procurador-geral do município, Milton Coelho, também está entre os detidos. Já o secretário da Saúde, Augusto Pellegrini, foi afastado do cargo.
Outro político que foi alvo das buscas da PF foi o vereador de Porto Alegre Cláudio Janta, que também é presidente estadual do Solidariedade. Conforme a investigação, uma empresa ligada a Janta teria recebido valores de propina pagos pela organização criminosa que é alvo da operação.
Na Capital, policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Janta. O jornal GaúchaZH apurou que uma empresa ligada ao vereador — não está registrada no nome dele, mas a investigação aponta que ele estaria por trás do negócio — teria recebido valores suspeitos. A chefia do gabinete de Janta na Câmara Municipal informou que a assessoria de imprensa emitirá nota sobre a ação policial.
Estão sendo cumpridos 61 mandados de busca e apreensão, 15 de prisão temporária, além de medidas judiciais de arresto/sequestro de bens móveis e imóveis, bloqueio de valores depositados em contas dos investigados e de empresas e afastamento cautelar de funções exercidas por cinco servidores públicos municipais. As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e pela Justiça Estadual de Rio Pardo/RS.
Fonte: GaúchaZH e O Diário
Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS