
O prefeito de Minas do Leão, Miguel Almeida, recebeu ofício nesta semana tratando da doação de áreas da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) que ficam no município. Assinado pelo presidente da companhia, o engenheiro Melvis Barrios Júnior, o ofício coloca como condição a autorização do município, através da Câmara de Vereadores, para a recuperação da Mina São Vicente Norte através da criação de um aterro sanitário.
Após a suspensão da exploração de carvão nesta mina, em 2017, restou no local uma cava de cerca de 14 hectares. Segundo avaliação da CRM e também do proprietário da área, o espaço é adequado para a criação de um aterro sanitário, que seria o segundo do município.
Atualmente cabe à CRM realizar as devidas compensações ambientais no espaço, o que seria transferido ao futuro explorador caso o projeto tenha andamento. O passivo ambiental, no entanto, também é algo que compete ao município dar o encaminhamento pensando no bem estar dos seus cidadãos. Por isso, a administração municipal também tem interesse em encaminhar uma solução para a questão desta mina.
O presidente da CRM salientou que, caso o município aprove este projeto, fará a doação de áreas e bens até o valor de R$ 4 milhões, o que poderia incluir praticamente todos os itens solicitados, entre eles o Galpão República do Piratini, além das antigas oficinas, áreas de terras e terrenos em diferentes pontos da cidade, incluindo as casas da chamada Vila Residencial da CRM e os terrenos do entorno. A ideia da prefeitura é utilizar esses locais para diversas atividades.
“Hoje o assunto está no centro da mesa para discutirmos. Fizemos o pedido de doações de áreas e imóveis à CRM no dia 18 de agosto, em função da possível privatização da companhia e com o receio de essas áreas ficarem ociosas em Minas do Leão. Iremos debater e avaliar internamente e também com a comunidade”, destacou o prefeito Miguel Almeida.
Ainda em 2018, na antiga gestão da CRM, o pedido para a exploração da Mina São Vicente Norte foi feito pela companhia, mas à época não havia contrapartidas para o município, como a cedência de áreas da empresa, o que foi ofertado agora.
A Mina São Vicente Norte fica às margens da BR-290, próxima ao bairro São Miguel, quase no limite geográfico com Butiá. Para que o local possa ser utilizado para a criação de um novo aterro sanitário a prefeitura precisa enviar projeto à Câmara de Vereadores, que precisaria aprová-lo.
Situação do Clube Duque de Caxias. Outro importante ativo da CRM no município é o Clube Duque de Caxias, que fica na Avenida Getúlio Vargas, bem no centro da cidade. O local não está sendo mais utilizado para qualquer evento há pelo menos cinco anos e, hoje, encontra-se em situação de abandono e degradação.
O prefeito Miguel Almeida destacou ao presidente da CRM que deseja ter a posse do Duque de Caxias. Até o momento a única oferta da CRM é para que o município compre o clube. Caso as negociações para uma cedência ou doação não avancem, a atual gestão deixará recursos em caixa para a aquisição do espaço.
“O Duque é um espaço nobre, amplo e bem localizado. Poderia ser um centro de saúde ou ser destinado para alguma outra atividade. Mas em função da sua importância a CRM também não vai doá-lo de maneira muito fácil. Estamos também em negociação. Se não avançarmos o suficiente nas próximas semanas, deixarei recurso em caixa que poderá ser usado para a compra do clube”, comenta o prefeito.
Fonte : Prefeitura Municipal de Minas do Leão


