O reajuste desse ano sofrerá impacto da chamada “conta covid”. Mas o que é conta covid?
São os custos de empréstimos feitos pelas distribuidoras para pagar a energia contratada junto às geradoras.
Segundo as distribuidoras, para que não falte luz para ninguém o produto, no caso energia elétrica, é comprado com antecedência. É feito um cálculo sobre o consumo das pessoas e projetam o quanto isso pode aumentar no futuro. Mas com a diminuição no consumo de energia proveniente da pandemia a distribuidora não conseguiu entregar toda a energia que contratou , sendo assim também não foram pagas por isso.

Tendo que pagar as geradoras o valor acordado, precisaram fazer empréstimos.
O custo médio aumentou de R$ 0,62 por KWh para R$ 0,74 por KWh.
A conta covid foi criada pelo governo federal para acudir as distribuidoras e suavizar o aumento da conta de luz. A medida permite que o aumento da tarifa, que ficaria concentrado em dois anos, seja diluído em cinco. Foi a forma encontrada para que os consumidores não sintam tanto o impacto.
De acordo com técnicos, a dívida será remetida aos consumidores porque energia é um bem essencial e, se houvesse uma quebradeira generalizada das empresas, o país ficaria às escuras, com impactos sociais e econômicos devastadores. Por isso, os contratos vêm com essa garantia.

Na pandemia, as empresas ficaram subcontratadas, e receberam valores bem mais baixos do que os preços que tinham comprado das geradoras. Elas ficaram com passivo financeiro e tiveram um socorro. Os custos serão repassados aos consumidores, mas foram postergados. Nas tarifas de 2021, 1/5 dos custos serão reconhecidos. Tudo será pago em 60 meses.